Por isso, é extremamente importante compreender o que significam e como são cobrados na avaliação para garantir a compreensão das perguntas e, consequentemente, boas notas.
Eixo nº1 – Dominar Linguagens: dominar a norma culta da Língua Portuguesa e fazer uso das linguagens matemática, artística e científica e das línguas espanhola e inglesa.
Quando se trata desse tema, não basta entender corretamente o que está sendo dito nos enunciados. É preciso também saber como associar dois ou mais tipos de linguagens diferentes para solucionar as questões. Exemplo de como tal eixo é cobrado no exame: uma questão apresentava o parecer de um crítico literário sobre uma música de Adoniran Barbosa. O estudante tinha que dominar dois tipos de linguagem: a popular, específica, que Adoniran utilizava, e a linguagem do crítico literário.
Eixo nº2 – Compreender Fenômenos: construir e aplicar conceitos das várias áreas do conhecimento para a compreensão de fenômenos naturais, de processos histórico-geográficos, da produção tecnológica e das manifestações artísticas.
Nesse caso, é importante ter um bom domínio sobre os fenômenos sociais do Brasil e entendê-los como ciclos, para conseguir entender suas repercussões no presente. Uma boa maneira de demonstrar como isso acontece é analisando a seguinte questão: uma questão analisava a Revolta da Vacina (1904), comparando-a às manifestações de junho de 2013. Seria necessário compreender ambos os fenômenos sociais.
Eixo nº3 – Enfrentar situações-problema: selecionar, organizar, relacionar, interpretar dados e informações representados de diferentes formas para tomar decisões e enfrentar situações problema.
Ao contrário do que pode parecer, resolver situações-problema não diz respeito somente a cálculos e fórmulas que os candidatos devem saber para realizar a prova. Na verdade, esse eixo é cobrado de maneiras diversas em todas as áreas do exame. Por exemplo, há situações-problema em Linguagens e Códigos: em certa questão, o aluno deveria pensar como o personagem do livro Memórias Póstumas de Brás Cubas se comportaria se fosse personagem de outro livro. Essa é uma situação-problema. O candidato teria de entender a psicologia dos dois personagens. Em Ciências da Natureza, a maioria das situações-problema, por exemplo, de física, não exigem contas, e sim, análises dos fenômenos.
Eixo nº4 – Construir argumentação: relacionar informações representadas em diferentes formas e conhecimentos disponíveis em situações concretas, para construir argumentação consistente.
Se o item anterior é tradicionalmente mais relacionado às exatas, construir argumentação seria tipicamente lembrado como relativo à prova de redação. No entanto, pode ser cobrado de maneira que o aluno precise entender qual a argumentação que determinado autor está utilizando em um texto de referência nos enunciados. Por exemplo, se há na prova o depoimento de um jornalista e, na sua argumentação, há a síntese ou a continuação da fala desse jornalista nas alternativas, trata-se de uma questão de argumentação.
Eixo nº5 – Elaborar propostas: recorrer aos conhecimentos desenvolvidos na escola para elaboração de propostas de intervenção solidária na realidade, respeitando os valores humanos e considerando a diversidade sociocultural.
Embora a prova seja feita sob a forma de testes, é possível analisar a capacidade de elaboração de propostas do estudante, avaliando como ele faz suas opções entre as diversas propostas de intervenção disponíveis. É possível fazer a presença dos Eixos tanto em redação, escrevendo a proposta em si, quanto em Matemática, em que as alternativas mostram escolhas baseadas em uma análise quantitativa. Já caíram questões sobre um fato social acerca do qual um gestor tem de escolher entre uma ação e outra baseado em dados matemáticos. Então não é propriamente o estudante que está elaborando.
Fonte: Universia Brasil